Um mistério de quase 40 anos acaba de ser elucidado, graças ao poder do Telescópio Espacial James Webb. Ele se refere a um dos ícones da astronomia moderna, a supernova conhecida como SN 1987A.

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Mistério associado à supernova de 1987. –
Foto: NASA, ESA,
CSA, M. Matsuura (Cardiff University), R. Arendt (NASA’s Goddard
Spaceflight Center & University of Maryland, Baltimore County), C.
Fransson (Stockholm University), J. Larsson (KTH Royal Institute of
Technology), A. Pagan (STScI)

Supernovas são ocorrências relativamente comuns na escala cósmica – imagens
telescópicas de galáxias distantes as flagram aos montes essas explosões,
muitas vezes resultantes do colapso de estrelas de alta massa. Mas são bem
mais raras as que são tão próximas e brilhantes que podem ser estudadas em
detalhes e até vistas no céu a olho nu.

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A SN 1987A foi a última dessas, observada na Terra em 1987, mas refletindo um
evento que ocorreu há 160 mil anos (sim, a distância é de 160 mil anos-luz),
na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia-satélite da Via Láctea.

Apesar dos insistentes estudos da SN 1987A, a nuvem de gás que circunda o
local da explosão impede a observação do astro central, para ver o que de fato
ele é. A dúvida durou até o advento do Webb, que foi apontado para lá em 16 de
julho de 2022, com sua poderosa visão em infravermelho.

Cientistas que analisam os dados do Telescópio Espacial James Webb detectaram
evidências inesperadas de uma estrela de nêutrons. “Graças à excelente
resolução espacial e aos excelentes instrumentos do James Webb, conseguimos,
pela primeira vez, sondar o centro da supernova e o que foi criado lá”, diz o
astrofísico Claes Fransson, da Universidade de Estocolmo, que liderou o
estudo.

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O colapso do núcleo de uma estrela maciça é um dos eventos mais violentos do
Universo. Essas supernovas ocorrem quando uma estrela de grande porte, com
mais de oito vezes a massa do Sol, fica sem material para a fusão do núcleo.
Quando a fusão é interrompida o suficiente para que a pressão externa que ela
produz não seja mais suficiente contra a pressão interna da gravidade, a
estrela se desintegra.

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O material externo é lançado para o espaço, mas o núcleo da estrela é esmagado
para dentro pela gravidade, formando um objeto ultradenso. O que esse objeto é
depende da massa inicial da estrela. Os cálculos sugerem que uma estrela
inicial entre cerca de 8 e 30 massas solares produzirá uma estrela de
nêutrons.

Sobre o Autor

Manfrine Melo
Manfrine Melo

Sou Manfrine Melo criei este portal de conhecimento único, dedicado a alimentar a sua curiosidade em diversas áreas.

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