Rodrigo Rocca, ex-advogado de Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas, está defendendo os militares do Exército que fuzilaram o músico Evaldo Rosa, em 2019, no Rio de Janeiro. Os militares atiraram 257 vezes contra o carro que o músico estava com a sua mulher, filho e sogro.
Rocca, que é especialista em direito militar e chegou a defender oficiais da ditadura, conseguiu uma conquista no Superior Tribunal Militar (STM) nesta quinta-feira (1º/3). Dois ministros acataram sua tese e votaram pela absolvição dos militares que mataram Evaldo. O advogado alega que os soldados agiram em um contexto de “legítima defesa”.
Rocca assumiu a defesa dos militares em 2021, após os militares serem condenados pela Justiça Militar do Rio de Janeiro. Foi o ex-advogado de Flávio Bolsonaro que protocolou o recurso no Superior Tribunal Militar para anular a condenação da primeira instância.
Relator da ação no STM, o tenente-brigadeiro-do-ar Carlos Augusto Amaral Oliveira afirmou que os soldados agiram em um “contexto de legítima defesa” porque, momentos antes do assassinato, os militares tentaram impedir um assalto na mesma rua em que Evaldo foi morto. Os assaltantes fugiram, e os soldados atiraram, em vez disso, no carro em que o músico e sua família estavam.
O ministro revisor, José Coelho Ferreira, acompanhou na íntegra o voto de Carlos Augusto Amaral Oliveira. Após o voto, a ministra Elizabeth Rocha, única mulher a integrar o STM na história, pediu vista dos autos. Não há previsão de quando o julgamento será retomado.
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