Um estudo recente divulgado na revista Paleontology revelou que o que se
pensava ser tecido preservado no
corpo de um réptil fóssil da Itália, conhecido como Tridentinosaurus
antiquus, foi na verdade forjado utilizando tinta preta.
Tecido no fóssil de um réptil na verdade é só tinta preta. – Foto: Museo della Natura e dell’Uomo – Padova |
O Tridentinosaurus antiquus, escavado em sedimentos com idade estimada no
Permiano Inferior (aproximadamente 280 milhões de anos atrás) dos Alpes
italianos, era considerado um dos mais emblemáticos do período no país devido
à sua preservação excepcional, com vestígios do que seriam tecidos moles, como
pele e músculos.
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No entanto, pesquisadores da Universidade College de Cork, na Irlanda,
descobriram que o que antes se acreditava ser uma marca de pele fossilizada de
milhões de anos é, na verdade, tinta preta, que foi usada para delinear o
contorno do animal.
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A descoberta foi possível graças ao desenvolvimento de técnicas não
destrutivas para estudo de fósseis, que permitiram identificar a verdadeira
composição do vestígio preto. A análise a olho nu ou usando um microscópio
normal não foi suficiente para determinar a origem do vestígio.
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Essa descoberta é um lembrete importante de que, à medida que a tecnologia
avança, nossa compreensão do passado também pode mudar.
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