No último domingo, 7, autoridades de segurança do Equador anunciaram o
desaparecimento de José Adolfo Macias, líder da facção criminosa Los Choneros e considerado o “prisioneiro mais
procurado” do país. Macias teria escapado da prisão El Inca, em Quito,
desencadeando imediatamente uma intensa operação de busca.
Soldados que apoiam as forças policiais montam guarda do lado de fora da prisão El Inca, em Quito Rodrigo BUENDIA/AFP |
O
general Cesar Zapata, líder da polícia nacional, afirmou em comunicado à imprensa que as forças
armadas identificaram a ausência de um detento na prisão, sem confirmar
oficialmente a identidade do fugitivo. No entanto, a Promotoria anunciou que
estava investigando o sumiço de Macias, conhecido pelo apelido de “Fito”.
O criminoso cumpria uma sentença de 34 anos, imposta em 2011 por uma série de
crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídios. A organização liderada por
Macias é acusada de controlar as principais instituições penitenciárias do
país, estando associada a atividades como extorsão, assassinato e
narcotráfico.
Roberto Izurieta, porta-voz da Presidência equatoriana, expressou a gratidão
do governo pela “coragem e dedicação das forças policiais”. Mais de 3.000
soldados participaram de uma operação na prisão, visando encerrar uma rebelião
entre os detentos e buscar pistas do paradeiro do criminoso.
O Equador enfrenta desafios significativos em relação à superlotação
carcerária, alimentando conflitos entre organizações criminosas rivais. De
acordo com dados oficiais, mais de 400 mortes decorrentes de violência nas
prisões foram registradas desde 2021.
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