Fóssil de 1 Bilhão de Anos. Uma equipe de cientistas da renomada Universidade de Liège, na Bélgica, desvelou uma descoberta notável que lança luz sobre os primórdios da vida em nosso planeta.
Ao examinarem microorganismos fossilizados datados de 1,7 bilhão de anos, os pesquisadores identificaram estruturas cruciais para a realização da
fotossíntese oxigenada. Essa revelação representa a mais antiga evidência fóssil desse processo metabólico essencial, que serve como o alicerce para as plantas que desempenham papel vital nas formas de vida mais complexas em nosso ecossistema.
Contrariando a antiga crença de que as formas de vida iniciais na Terra dispensavam oxigênio, este fóssil de 1,7 bilhão de anos se revela como a chave para desvendar o surgimento da vida oxigenada em nosso planeta. Há 2,4 bilhões de anos, quando os níveis de oxigênio na atmosfera terrestre registraram um aumento significativo pela primeira vez, esta descoberta assume papel crucial.
Publicado recentemente na prestigiada revista Nature, o novo estudo revela vestígios de membranas tilacoides em microfósseis da espécie Navifusa majensis, encontrados em rochas sedimentares tanto na Austrália quanto no Canadá.
Os pesquisadores identificaram esses microfósseis como cianobactérias fossilizadas, destacando a importância dessa descoberta. A professora
Emmanuelle Javaux, que liderou o estudo, explicou que os tilacoides fósseis mais antigos conhecidos remontam a aproximadamente 550 milhões de anos. Essa descoberta, portanto, amplia o registro fóssil dessas membranas internas em pelo menos 1,2 bilhões de anos, como indicado em um comunicado oficial da universidade.
A beleza da vida microscópica revela-se como a forma mais diversificada e abundante desde o surgimento da vida. A exploração do registro fóssil desses organismos utilizando abordagens inovadoras possibilita a compreensão da evolução da vida ao longo de impressionantes 3,5 bilhões de anos. Além disso, algumas dessas pesquisas têm implicações fascinantes na busca por vestígios de vida além da Terra, conforme destacou Emmanuelle Javaux ao concluir o estudo.
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