O
general Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança
Institucional (GSI), teria ficado “atônito” quando o ex-comandante da Força
Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Júnior, recusou-se a
apoiar o golpe de Estado
que estava sendo articulado para manter Jair Bolsonaro no poder após a derrota
em 2022.
Em seu depoimento à Polícia Federal, Carlos de Almeida Baptista Júnior relatou
uma conversa com o general Augusto Heleno. Ele afirmou que o ex-chefe do GSI
ficou “atônito” ao ouvir que a FAB “não anuiria de qualquer ruptura
democrática”.
Baptista Júnior e Heleno estavam em São José dos Campos (SP) para a cerimônia
de formatura do neto de Heleno no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).
Após a cerimônia, Heleno foi chamado para uma reunião urgente com Bolsonaro em
Brasília. Baptista Júnior, surpreso com a urgência da reunião, chamou Heleno
para uma conversa privada. Nessa conversa, ele afirmou de forma categórica que
a FAB não concordaria com qualquer movimento de ruptura democrática.
A resposta deixou Heleno “atônito”. Ele desconversou sobre o assunto e,
posteriormente, ambos voaram para Brasília no mesmo dia.
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