A milícia de Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, que atua na
zona oeste do Rio de Janeiro, está sendo investigada pelo Comitê de
Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos
(Cifra). A investigação revelou que a milícia usava empresas de internet,
terraplanagem e até de artigos infantis para lavar dinheiro do crime.
Zinho – Foto: Reprodução/Flipar |
Na quarta-feira (28/2), o Cifra cumpriu 21 mandados de busca e apreensão em
endereços ligados a essas empresas². Uma das empresas usadas pelos milicianos
é a Nana Import Comércio de Artigos Infantis, que funciona no bairro Santa
Cruz. A loja, que existe desde 2019, vende roupas para crianças e bebês, além
de artigos infantis como brinquedos, bonecas e ursinhos. No entanto, o
comércio seria usado, na verdade, para lavar dinheiro da milícia.
Entre os alvos da polícia na operação de quarta estão as empresas prestadoras
de serviço de internet Estrelar Web, TC7 e Santa Web, todas com atuação na
região de Santa Cruz. A Estrelar Web já havia sido alvo da Polícia Civil em
2020, em uma operação contra o miliciano Ecko.
Segundo cálculos dos investigadores responsáveis pela operação desta semana, o
Bonde do Zinho movimentou R$ 135 milhões em sete anos. A investigação apontou
que esse valor foi movimentado nos últimos 7 anos, por meio de 7 empresas para
lavar o dinheiro de origem ilícita.
Essas descobertas são um passo significativo na luta contra o crime organizado
no Brasil, destacando a importância da cooperação entre as forças de segurança
e os órgãos de fiscalização financeira.
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