Ricardo Lewandowski assumirá as rédeas do Ministério da Justiça e Segurança
Pública, conforme anunciado por Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quinta-feira, 11. O
ex-ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) sucederá Flávio Dino,
indicado por Lula para o STF e aguardando posse em fevereiro.
A interlocutores, Lewandowski disse que está partindo para uma ‘missão’ — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil |
O anúncio, realizado no Palácio do Planalto, contou com a presença de Lula,
Lewandowski, Flávio Dino e a primeira-dama, Janja da Silva. A nomeação oficial
está agendada para 19 de janeiro, e a posse do novo ministro ocorrerá em 1º de
fevereiro.
Lula elogiou Lewandowski como um extraordinário ministro da Suprema Corte,
destacando a resposta positiva do mesmo para assumir o cargo. O presidente
expressou confiança na autonomia do novo ministro para formar sua equipe, mas
planeja discutir mudanças em fevereiro.
Ao abordar a questão, Lula enfatizou seu costume cultural de não interferir
nas escolhas ministeriais, permitindo que as pessoas construam suas equipes.
Destacou que em fevereiro discutirá com Lewandowski sobre permanências e
substituições no ministério.
Fora do púlpito, Lula mencionou o desejo da primeira-dama Janja por maior
presença feminina na nova gestão, recebendo concordância de Lewandowski.
Após o anúncio, entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a
Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) parabenizaram Lewandowski
pela nomeação. O ministro do STF, Dias Toffoli, elogiou a escolha, destacando
as qualidades de Lewandowski.
O caminho até o anúncio envolveu especulações e reuniões entre Lula, Dino e
Lewandowski. O blog da Júlia Duailibi já havia antecipado a aceitação do
convite por parte de Lewandowski, que se aposentou do STF em abril de 2023.
Antes de sua passagem pelo STF, Lewandowski foi desembargador do Tribunal de
Justiça de São Paulo e juiz do Tribunal de Alçada Criminal do estado.
Presidente do STF de 2014 a 2016, ele presidiu o julgamento do impeachment de
Dilma Rousseff em 2016.
Além de sua atuação no Tribunal do Mercosul, após a aposentadoria, Lewandowski
integra o Conselho de Assuntos Jurídicos da Confederação Nacional da Indústria
e coordena o Novo Observatório da Democracia da Advocacia-Geral da União.
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