Origem da vida na Terra é um dos mistérios mais antigos e fascinantes da ciência. Existe uma teoria popular que diz que as primeiras células apareceram em fontes termais no fundo do oceano. Células poderiam ter borbulhado em fontes termais no fundo do oceano.
Essa hipótese, mais conhecida como a teoria das fontes hidrotermais, ganha cada vez mais atenção entre os cientistas. Origem da vida remonta a processos complexos, como a síntese abiótica de moléculas orgânicas simples. Contudo, a transição dessas moléculas para sistemas celulares viáveis ainda é um enigma desafiador.
Estudiosos sugerem que as condições nessas fontes profundas – ricas em minerais e calor – podem ter fornecido o ambiente propício para reações químicas cruciais. Nessas condições extremas, compostos orgânicos primitivos poderiam se organizar e eventualmente formar estruturas rudimentares, precursoras das células vivas.
Entender a origem da vida não apenas lança luz sobre nossa própria existência, mas também tem implicações profundas na busca por vida em outros planetas. Ao decifrar os mistérios da vida na Terra, podemos expandir nossa compreensão do universo e de nossos próprios lugares nele.
Fontes termais são locais onde a água quente e rica em minerais emerge do subsolo. Essas condições são ideais para a formação de moléculas orgânicas, que são os blocos de construção da vida.
Em um estudo publicado na revista Nature, pesquisadores da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, demonstraram que é possível formar ácidos graxos de cadeia longa, um componente essencial das membranas celulares, em fontes termais.
Os pesquisadores mergulharam em uma investigação intrigante que envolveu a combinação de hidrogênio, bicarbonato e magnetite rica em ferro em uma simulação de água do mar antiga. Os resultados surpreenderam: sob essas condições, surgiram diversas moléculas orgânicas, incluindo ácidos graxos de cadeia longa.
Essa descoberta revolucionária lança luz sobre os processos primordiais que podem ter impulsionado a origem da vida na Terra. Os ácidos graxos de cadeia longa destacaram-se como “fortes candidatos” para terem desempenhado um papel crucial na formação das primeiras membranas celulares do planeta, como descrevem os pesquisadores.
O estudo, realizado em condições controladas de laboratório, oferece uma visão fascinante sobre como compostos simples podem evoluir para estruturas complexas essenciais para a vida. Além disso, essas descobertas têm implicações significativas não apenas para a compreensão da origem da vida na Terra, mas também para a busca por vida em outros ambientes planetários.
Outros estudos também apoiaram a ideia de que as primeiras células poderiam ter surgido em fontes termais. Por exemplo, um estudo de 2018 descobriu que as proteínas, outro componente essencial das células, também podem se formar em fontes termais.
Ainda não há consenso científico sobre como a vida começou na Terra, mas a teoria das fontes termais é uma das mais promissoras.
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