A decisão do governo de não permitir que a Petrobras distribuísse os
dividendos extraordinários gerou uma grande controvérsia. A medida resultou em uma queda de 10% nas ações da Petrobras em um único
dia e expôs uma divisão dentro da alta cúpula da empresa.
Governo Não Quis Que a Petrobras Distribuísse os Dividendos. – Foto: Reprodução/Redes Sociais |
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, discordava da retenção completa
dos dividendos extraordinários e havia articulado o repasse de metade da
quantia. No entanto, os representantes do governo no Conselho de Administração
votaram contra a proposta.
A razão para essa decisão está ligada à estratégia de investimento da
Petrobras. O governo e seus representantes na Petrobras entendem que a verba
no caixa passa uma imagem maior de vigor financeiro da Petrobras. Isso é
importante em um momento em que a empresa quer adotar uma estratégia de
aumentar os investimentos e requer uma busca por financiamentos no mercado.
Portanto, mesmo que o governo não possa usar o dinheiro para investir
diretamente, ele serve de reforço para que a empresa capte empréstimos mais
baratos — para, então, investir¹. Essa reserva, feita ao não pagar dividendos
extraordinários, ajudaria a estatal a conseguir financiamentos melhores⁵.
Essa decisão, no entanto, não foi bem recebida pelo mercado, que interpretou a
retenção dos dividendos como um sinal de menor rentabilidade da estatal⁴. A
situação continua a se desenrolar e mais detalhes devem surgir à medida que a
situação se desenvolve.
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