A
ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy está de volta ao Partido dos
Trabalhadores (PT)

após nove anos de afastamento. A executiva municipal do PT de São Paulo
aprovou na noite de terça-feira (16) a sua refiliação e a sua indicação para
ser a candidata a
vice-prefeita
na chapa do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) nas eleições de outubro.

marta
A ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy. – Foto: Marcelo
Camargo/Agência Brasil / Estadão

A decisão foi tomada sem a realização de prévias internas, o que gerou
críticas de alguns setores do partido. Apenas uma integrante da executiva,
Barbara Corrales, a Babi, votou contra o retorno de Marta, alegando que ela
não representa os ideais do PT e que traiu a sigla ao apoiar o impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.

Marta deixou o PT em 2015, após divergências com a direção nacional e com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi ministra do Turismo e da
Cultura. Ela se filiou ao MDB e depois ao Solidariedade, mas não conseguiu se
eleger senadora em 2018. No ano passado, ela aceitou o convite do prefeito
Bruno Covas (PSDB) para ser secretária municipal de Relações Internacionais,
cargo que ocupou até o último dia 9, quando pediu demissão para se aliar a
Boulos.

O convite para Marta voltar ao PT partiu do próprio Lula, que se reuniu com
ela na semana passada e lhe ofereceu a vaga de vice de Boulos. O ex-presidente
considera que Marta pode fortalecer a chapa de esquerda, especialmente nas
periferias da cidade, onde ela tem um forte capital eleitoral por conta de
programas sociais implantados em sua gestão como prefeita
(2001-2004).

Marta também se encontrou com Boulos no sábado (13), em sua casa no Jardim
Paulista, para selar a aliança. O deputado do
PSOL elogiou a ex-prefeita

e disse que o principal desafio de ambos será reeditar uma frente democrática
para derrotar o bolsonarismo na capital, em referência ao atual prefeito
Ricardo Nunes (MDB), que busca o apoio de Jair Bolsonaro (PL).

A filiação de Marta ao PT ainda precisa ser formalizada e homologada pelo
diretório estadual. Há a expectativa de que a volta de Marta ao PT ocorra em
um grande evento com a presença de Lula, Boulos e outras lideranças de
esquerda da cidade. É a primeira vez que o PT decide não lançar uma
candidatura própria em São Paulo. Em 2020, com Jilmar Tatto, o partido não
chegou ao
segundo turno.

Sobre o Autor

Manfrine Melo
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