Renato Cariani, influenciador fitness, está na mira da Justiça por suposto envolvimento com o tráfico de drogas, de acordo com um relatório da Polícia Federal sobre a Operação Hinsberg. O relatório revelou outro esquema, que teria sido praticado em 2017, que consistia no uso de nomes de crianças para a compra de “hormônios de crescimento”.
Renato Cariani usou dados de crianças para comprar hormônio. – Foto: Reprodução/ Instagram @renato_cariani |
A PF apontou que Renato se associou a uma amiga identificada como Elen Couto, para conseguir “receitas médicas e descontos, para a compra de Norditropin, mais conhecido como “GH””. Em uma das conversas que constam no relatório, Renato aciona a amiga pedindo nomes de crianças para comprar mais “daquele medicamento”. A amiga, então, se prontifica a cadastrar os nomes para que o influencer consiga comprar os medicamentos com desconto.
Quando Cariani questiona mais dados do cadastro que havia sido feito, Elen demonstra certo constrangimento e diz que pegou dados dos alunos dela. O relatório da Polícia Federal relata que o fato de Elen Couto ter afirmado que utilizou dados de alunos para fins de cadastro “reforça os indícios de falsidade dessas receitas”.
A interação entre a dupla para comprar hormônios não é objeto da investigação federal sobre o desvio de produtos químicos. Os diálogos foram utilizados apenas para reforçar a tese da relação entre Cariani e a amiga, uma vez que a mulher já trabalhou com ele na Anidrol Produtos para Laboratórios.
Os diálogos anexados no relatório sugerem, também, que as vendas simuladas de produtos químicos para grandes farmacêuticas eram de conhecimento de Cariani. Esta é a principal linha sustentada pela PF sobre o envolvimento do influencer com o tráfico¹.
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