A
renda anual de Erica Andrade de Almeida Araújo, esposa do delegado da
Polícia Civil Rivaldo Barbosa, cresceu quase 30 vezes depois que ele assumiu
a chefia da delegacia de homicídios do Rio de Janeiro, revela relatório da Polícia Federal. A PF acusa o delegado de utilizar a
mulher como “testa de ferro” em “empresas de fachada” para retardar a
elucidação de crimes, como no caso da morte de Marielle Franco.
Delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa. – Foto: Reprodução/Redes Sociais |
No relatório da PF, cujo sigilo foi levantado pelo Supremo Tribunal Federal, a
renda anual de Erica sobe de R$ 32 mil em 2014 para R$ 504 mil em 2015, quando
o marido é nomeado para a chefia do setor de homicídios, e chega ao pico de R$
927 mil em 2017. O registro de imóveis em nome dela também salta de R$ 78,58
mil em 2014 para R$ 188,9 mil em 2015 e R$ 705,9 mil em 2018, conforme o
relatório.
Na mesma época em que ele assume a chefia do departamento de homicídios e
depois a chefia da Polícia Civil do Rio, o casal abre duas empresas de
consultoria: Mais I Consultoria Ltda e Armis Consultoria Empresarial Eireli.
As investigações demonstraram, no entanto, que as empresas não têm
funcionários, que Erica não tem qualificação para prestar os serviços para os
clientes, e que o escritório está sempre fechado.
Erica também faz uma série de saques com dinheiro vivo na boca do caixa,
operações consideradas suspeitas de lavagem de dinheiro.