Transplante cardíaco: dando uma nova chance ao coração

Escrito por Manfrine Melo
em 5 de Março, 2024

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O transplante cardíaco é um procedimento cirúrgico complexo e delicado que tem
como objetivo oferecer uma nova chance de vida para pessoas que sofrem de
doenças cardíacas graves e que não respondem mais aos tratamentos
convencionais. Neste artigo, vamos explorar em
detalhes o processo do transplante cardíaco, desde a seleção do paciente
até o pós-operatório, além de discutir os avanços recentes nessa área e os
desafios enfrentados pelos pacientes e profissionais de saúde
.

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Uma nova chance ao coração.

O que é o transplante cardíaco?

O transplante cardíaco é um procedimento cirúrgico no qual um coração saudável
de um doador é transplantado para um paciente com insuficiência cardíaca
grave. A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear
sangue adequadamente para o resto do corpo, causando sintomas como fadiga,
falta de ar e inchaço nas pernas. O transplante cardíaco é considerado o
tratamento de última linha para pacientes com insuficiência cardíaca avançada,
quando todas as outras opções de tratamento foram esgotadas.

O processo do transplante cardíaco

Avaliação do paciente

Antes de ser considerado um candidato para o transplante cardíaco, o paciente
passa por uma rigorosa avaliação médica. Isso inclui exames físicos, testes
laboratoriais, avaliação psicológica e avaliação do estado geral de saúde. Os
critérios de seleção podem variar de acordo com o centro de transplante, mas
geralmente incluem a presença de insuficiência cardíaca grave, a ausência de
outras doenças graves que possam comprometer o sucesso do transplante e a
capacidade de aderir ao regime pós-operatório.

Lista de espera

Após a avaliação, o paciente é colocado em uma lista de espera nacional ou
regional para receber um coração de um doador compatível. A alocação de órgãos
é feita com base em critérios como a gravidade da doença, o tempo de espera e
a compatibilidade entre doador e receptor. Infelizmente, a demanda por
transplantes cardíacos é muito maior do que a oferta de órgãos disponíveis, o
que resulta em longos tempos de espera e muitas vezes na morte de pacientes
antes de receberem um transplante.

Transplante

Quando um coração compatível se torna disponível, a equipe médica realiza a
cirurgia de transplante cardíaco. O paciente é anestesiado e conectado a uma
máquina de circulação extracorpórea, que assume temporariamente a função do
coração e dos pulmões. O coração do doador é então removido e o novo coração é
implantado no paciente, conectando cuidadosamente os vasos sanguíneos e as
câmaras cardíacas. A cirurgia pode durar várias horas e requer uma equipe
altamente especializada.

Pós-operatório e acompanhamento

Após a cirurgia, o paciente é transferido para a unidade de terapia intensiva,
onde é monitorado de perto para detectar qualquer complicação. O período
pós-operatório é crucial, pois o paciente precisa tomar medicamentos
imunossupressores para evitar a rejeição do novo coração. Esses medicamentos
suprimem o sistema imunológico do paciente, tornando-o mais suscetível a
infecções. O acompanhamento médico regular é essencial para garantir o bom
funcionamento do novo coração e prevenir complicações a longo prazo.

Avanços recentes no transplante cardíaco

Nos últimos anos, houve avanços significativos no campo do transplante
cardíaco. Um desses avanços é a utilização de corações de doadores em
situações de parada cardíaca, conhecidos como “corações parados”.
Anteriormente, apenas corações de doadores com morte cerebral eram
considerados adequados para transplante. No entanto, estudos recentes
mostraram que corações parados podem ser viáveis para transplante, desde que
sejam preservados adequadamente e transplantados rapidamente.

Outro avanço importante é o desenvolvimento de técnicas de preservação de
órgãos, como a perfusão ex vivo. Essa técnica permite que os órgãos sejam
mantidos em um estado funcional fora do corpo, o que prolonga o tempo
disponível para o transporte e aumenta as chances de sucesso do transplante.

Além disso, a pesquisa em terapia celular e engenharia de tecidos tem mostrado
promessas no campo do transplante cardíaco. Essas abordagens visam criar novas
formas de regenerar o tecido cardíaco danificado ou substituí-lo por tecido
artificial. Embora ainda estejam em estágios iniciais, essas terapias têm o
potencial de revolucionar o tratamento da insuficiência cardíaca e reduzir a
dependência de transplantes.

Desafios do transplante cardíaco

Apesar dos avanços mencionados, o transplante cardíaco ainda enfrenta vários
desafios. Um dos principais é a escassez de órgãos disponíveis para
transplante. A demanda por corações saudáveis supera em muito a oferta, o que
resulta em longos tempos de espera e na morte de muitos pacientes antes de
receberem um transplante. Esforços estão sendo feitos para aumentar a
conscientização sobre a doação de órgãos e melhorar os sistemas de alocação de
órgãos, mas ainda há muito a ser feito.

Outro desafio é a rejeição do novo coração pelo sistema imunológico do
paciente. Mesmo com o uso de medicamentos imunossupressores, a rejeição ainda
pode ocorrer. É essencial encontrar um equilíbrio entre suprimir o sistema
imunológico o suficiente para evitar a rejeição e mantê-lo funcional o
bastante para proteger o paciente contra infecções. Pesquisas estão em
andamento para desenvolver terapias mais eficazes e personalizadas para
prevenir a rejeição.

FAQ (Perguntas Frequentes)

1. Quais são os critérios para ser considerado um candidato ao transplante
cardíaco?

Os critérios para ser considerado um candidato ao transplante cardíaco podem
variar de acordo com o centro de transplante, mas geralmente incluem a
presença de insuficiência cardíaca grave, a ausência de outras doenças graves
que possam comprometer o sucesso do transplante e a capacidade de aderir ao
regime pós-operatório.

2. Quanto tempo leva para receber um coração de um doador compatível?

O tempo de espera para receber um coração de um doador compatível pode variar
de acordo com vários fatores, como a gravidade da doença, o tempo de espera e
a disponibilidade de órgãos. Infelizmente, a demanda por transplantes
cardíacos é muito maior do que a oferta de órgãos disponíveis, o que resulta
em longos tempos de espera.

3. Quais são os riscos associados ao transplante cardíaco?

O transplante cardíaco é um procedimento cirúrgico complexo e não isento de
riscos. Alguns dos riscos associados incluem rejeição do novo coração,
infecções, complicações cirúrgicas, efeitos colaterais dos medicamentos
imunossupressores e problemas cardíacos a longo prazo. É importante discutir
esses riscos com a equipe médica antes de decidir pela realização do
transplante.

4. Existem alternativas ao transplante cardíaco?

Para pacientes com insuficiência cardíaca grave que não são candidatos ao
transplante cardíaco, existem outras opções de tratamento, como a terapia de
ressincronização cardíaca, a colocação de dispositivos de assistência
ventricular e a realização de cirurgias de revascularização do miocárdio.
Essas opções podem ajudar a melhorar os sintomas e a qualidade de vida do
paciente.

5. O transplante cardíaco é uma cura definitiva para a insuficiência cardíaca?

O transplante cardíaco pode oferecer uma nova chance de vida para pacientes
com insuficiência cardíaca grave, mas não é uma cura definitiva. O paciente
precisará tomar medicamentos imunossupressores pelo resto da vida para evitar
a rejeição do novo coração. 

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