Na data de segunda-feira (8), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) oficializou o registro da
nova vacina contra a COVID-19. Produzida pelo Instituto Serum, da Índia, e registrada pela empresa
brasileira Zalika Farmacêutica, essa vacina apresenta uma abordagem
recombinante, amalgamando moléculas de duas fontes distintas.
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil |
O imunizante, destinado a indivíduos a partir dos 12 anos, será administrado
em duas doses, com um espaço de 21 dias entre elas. Para aqueles com mais de
18 anos, está previsto um reforço após seis meses. A singularidade da
tecnologia empregada reside na fusão do antígeno de proteína S (spike),
catalisador de resposta imunológica, e o adjuvante à base de saponina,
intensificador da produção de anticorpos. Esse método, denominado
recombinante, promove uma camada extra de segurança à indústria farmacêutica,
conforme detalhado pela Anvisa.
Conforme comunicado da Anvisa, a eficácia da vacina na fase 3 de estudo,
pré-requisito para a aprovação, variou entre 79,5% – avaliado nos Estados
Unidos em indivíduos de 12 a 17 anos – e 90,4%, em estudo conduzido nos
Estados Unidos e México, com a população adulta.
A Zalika é a sexta vacina a obter o registro individual definitivo da Anvisa,
juntando-se a outras como Comirnty Ipfizer/Wyeth, Comirnaty bivalente
(Pfizer), Jansses Vaccine (Janssen-Cila), Oxford/Covishield (Fiocruz e
Astrazeneca) e Spikevax bivalente. O imunizante integra, também, o consórcio
Covax Facility, que já registrou vacinas como Pfizer/Biontech, Astrazeneca,
Janssen, Moderna, Sinopharm e Sinovac.
Destaca-se que a CoronaVac (Butantan) possui autorização para uso emergencial,
enquanto a importação excepcional está restrita à vacina Sputnik, sendo a
Covaxin suspensa em julho de 2021.
A Anvisa informa que a vacina recombinante Zalika é monovalente para o vírus
SarsCov-2 original e ainda não confere imunização contra a variante XBB 1.5,
seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Uma atualização está prevista para este ano, em conformidade com o acordo
estabelecido entre o órgão regulador brasileiro e a farmacêutica.
Para integrar o Programa Nacional de Imunizações (PNI), mantido pelo governo
federal, a vacina recombinante Zalika aguarda avaliação do Ministério da
Saúde.
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