Um
projeto de lei que visa proibir agentes públicos com mandatos eletivos de
monetizarem publicações, inclusive audiovisuais, nas redes sociais, foi
apresentado pelo deputado Chico Alencar, do PSol do Rio de Janeiro. Se aprovada, a proposta vedará a monetização de conteúdos “que tenham por
objeto o exercício da função pública” e impedirá políticos de receberem
“receitas em função de conteúdo produzido com emprego de recursos públicos”.
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| Nikolas Ferreira – Foto: Reprodução/Bruno Spada/Câmara dos Deputados |
A iniciativa surgiu após o jornalista Paulo Motoryn revelar que os deputados
federais Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer, ambos do PL, estão monetizando
canais no Instagram. A reportagem mostrou que os bolsonaristas vendem
assinaturas para seguidores terem acesso exclusivo a informações e aos
bastidores dos mandatos.
O projeto de lei é uma resposta à crescente influência das redes sociais na
política brasileira. A esquerda, apesar de ter crescido nas redes, ainda está
atrás da extrema direita em termos de influência digital. A proposta de
Alencar pode ser vista como uma tentativa de nivelar o campo de jogo e
garantir que os políticos não se beneficiem indevidamente de suas posições
públicas para ganho pessoal.
No entanto, a proposta provavelmente enfrentará forte oposição de políticos
que usam as redes sociais como uma ferramenta importante para se comunicar com
seus eleitores e monetizar seu conteúdo. O resultado dessa iniciativa será um
indicador importante do papel que as redes sociais desempenharão na política
brasileira no futuro.
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