O ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin),
Alexandre Ramagem, foi acusado de espionagem ilegal e interferência na
Polícia Federal
(PF) por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes.
Alexandre Ramagem em evento público com Jair Bolsonaro — Foto: Foto: Carolina Antunes/PR |
A investigação da PF aponta que Ramagem, que também é deputado federal e
pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, utilizou a estrutura da Abin
para monitorar ilegalmente autoridades, incluindo políticos, jornalistas e
empresários. Além disso, a PF afirma que Ramagem interferiu em investigações
da própria PF, como por exemplo, para tentar fazer prova a favor de Renan
Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os mandados de busca e apreensão expedidos por Moraes foram cumpridos em
Brasília, Juiz de Fora, São João del Rei e Rio de Janeiro. Além de Ramagem,
outros policiais federais e servidores da Abin também foram alvo da operação.
Ramagem nega as acusações e afirma que a investigação da PF é “uma perseguição
política”.
A acusação de espionagem ilegal e interferência na PF é grave e pode ter
implicações políticas significativas. Se comprovadas, as acusações podem levar
Ramagem a responder criminalmente pelos crimes de espionagem, abuso de
autoridade e prevaricação.
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