Em uma reviravolta recente, o General Laércio Virgílio, que esteve envolvido
em uma tentativa de golpe, admitiu a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e
mencionou uma “fase posterior”. Virgílio, que foi ouvido pela Polícia Federal,
era próximo ao militar Ailton Gonçalves Barros, que foi expulso do Exército e
preso em uma das operações da PF.

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General da reserva Laércio Virgílio – Foto: Reprodução/Paulo
Francis/radiosampaio

As investigações sobre os atos golpistas ganharam um novo capítulo com a
quebra de sigilo de depoimentos feitos por autoridades à Polícia Federal.
Virgílio depôs na PF em 22 de fevereiro deste ano e, na sua inquirição, os
interrogadores exibiram várias trocas de mensagens entre os dois.

Ele negou que tenha participado de discussão sobre um golpe e que suas
manifestações são relativas à sua “preocupação política com o país”, após a
vitória de Luiz Inácio Lula da Silva. Na quebra do sigilo telefônico de
Barros, foi encontrada uma mensagem de Virgílio, de 14 de dezembro de 2022,
afirmando que o general Freire Gomes, comandante do Exército que resistiu ao
golpe e ameaçou prender Bolsonaro se o fizesse, “não resistiria a uma boa
conversa de rapó”.

À PF, Virgílio afirmou que Gomes tinha “fama de legalista”, mas que “acataria
um argumento embasado juridicamente na Constituição”. Em outra quebra de
sigilo, em nova mensagem para Barros, Virgílio diz: “Combatente, nós estamos
no limite da ZL. Daqui a pouco não tem mais como lançar. Vamos dar passagem
perdida, e aí é perdida para sempre”, aponta áudio de 15 de dezembro de 2022.

A PF perguntou a Virgílio se o termo “vamos dar passagem perdida” significa
consumar um golpe de estado que estava em andamento. “(Virgílio) respondeu que
confirma que a expressão ‘vamos dar passagem perdida’ se refere à necessidade
de tomada de decisão naquele momento, mas que não seria relacionada a um golpe
de estado”.

Em outro áudio, a PF captou uma mensagem em que Virgílio fala em executar uma
“operação especial”, faz uma referência a Bolsonaro como o “Zero Uno”.
Perguntado no depoimento se “operação especial” seria um golpe, ele negou, mas
respondeu que se tratava de “uma fase posterior e que tudo deveria ser
realizado dentro da lei e embasado juridicamente pela Constituição”.

Essas revelações trazem novas perspectivas sobre a tentativa de golpe e o
papel de vários atores militares e políticos. A investigação continua e mais
detalhes devem surgir à medida que a situação se desenrola.

Sobre o Autor

Manfrine Melo
Manfrine Melo

Sou Manfrine Melo criei este portal de conhecimento único, dedicado a alimentar a sua curiosidade em diversas áreas.

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